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O romancista brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis( 1839-1908), embora apenas recentemente “descoberto” fora do Brasil, está entre os maiores autores mundiais do século XIX. Suas obras são notáveis por sua visão pessimista da natureza humana e seus sofisticados insights psicológicos.
História de Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis nunca deixou o Rio de Janeiro, onde nasceu. Seu pai era um pintor de casas mulatas, e o futuro romancista recebeu a maior parte de sua educação “formal” na cozinha de uma escola de meninas, onde sua madrasta era uma máquina de lavar louça. Aos 17 anos tornou-se aprendiz de tipógrafo e, mais tarde, revisor de provas. Durante a maior parte de sua vida ele se sustentou—e mais tarde sua esposa Portuguesa culta, 5 anos mais velha—de seus ganhos como um burocrata de escalão médio. Ele era doente desde a infância, sofria de epilepsia, e vivia com medo de sofrer um ataque em público. Como um mulato pobre, ele se considerava inferior mesmo quando era leão por um público que, com certeza, nunca o entendia realmente.
Trabalhos de Machado de Assis
Apesar de Machado de Assis ter começado a escrever cedo e ter sido amplamente aclamado quando tinha 25 anos de idade, só depois de uma grave crise de doença e uma longa convalescença no final da década de 1870 é que ele desenvolveu a sua grande visão sobre a alma humana.
Alguns críticos notam sua percepção intuitiva do subconsciente, suas referências ao que mais tarde seria chamado fetichismo, e sua crença na irracionalidade do homem, e consideram-no um psicólogo de profundidade antes de seu tempo.
De qualquer forma, sua doença lhe tirou os últimos vestígios do Romantismo. Durante este período de doença, ele também teve a oportunidade de ler muito em inglês, francês e alemão, embora seu desenvolvimento artístico esteja firmemente enraizado no meio Brasileiro.
